Nacionalismo é um sentimento de valorização marcado pela aproximação e identificação com uma nação, mais precisamente com o ponto de vista ideológico.
Costuma diferenciar-se do patriotismo devido à sua definição mais estreita. O patriotismo é considerado mais uma manifestação de amor aos símbolos do Estado, como o Hino, a Bandeira, suas instituições ou representantes. Já o nacionalismo apresenta uma definição política mais abrangente Por exemplo: da defesa dos interesses da nação antes de quaisquer outros e, sobretudo da sua preservação enquanto entidade, nos campos linguístico, cultural, etc., contra processos de destruição identitária ou transformação.
O nacionalismo é uma antiga ideologia moderna: surgiu numa Europa pré-moderna e pós-medieval, a partir da superação da produção e consumo feudais pelo mercado capitalista, com a submissão dos feudos aos estados modernos (ainda absolutistas ou já liberais), com as reformas religiosas protestantes e a contra-reforma católica – fatos históricos estes que permitiram, ou até mais, que produziram o surgimento de culturas diferenciadas por toda a Europa, culturas que, antes, eram conformadas, deformadas e formatadas pelo cristianismo católico, com o apoio da nobreza feudal.
O nacionalismo ressurge nas colônias européias do Novo Mundo, nas “américas”, de Sul a Norte, e principalmente na América Latina, antes mesmo do surgimento da ideologia comunista européia, como um renovado nacionalismo, um “nacionalismo revolucionário” com algo já de socializante; Simón Bolívar foi o líder maior desse “nacionalismo revolucionário” latino-americano, e este seu nome, apenas, já basta para avalizar essa ideologia, a qual formou-se ao comando de homens tais como Tupac Amaru, San Martín ou José Artigas.
O “nacionalismo revolucionário” europeu, como uma ideologia antiimperialista original, também influenciou o pensamento dos latino-americanos que souberam aprender dos europeus aquilo que fosse interessante e útil, desenvolvendo, no Novo Mundo, uma prática e uma luta anticolonialista, a qual se desenvolveu na ação e no discurso de homens tais como “Tiradentes”, San Martín ou Giuseppe Garibaldi.
O “nacionalismo revolucionário” latino-americano, numa inversão do colonialismo cultural, influenciou mesmo a luta antiimperialista na Europa: as colônias latino-americanas muito ensinaram às nações pobres européias, com a luta e o comando de Giuseppe Garibaldi, e de sua mulher, Anita Garibaldi, revolucionários e heróis tanto no Novo Mundo quanto no Velho Mundo – continuando (e vencendo) a luta antes comandada por Giuseppe Mazzini.
2 comentários:
Blog tá bom demais galera!
este tópico em especial esclareceu todas as minhas dúvidas sobre as diferenças entre o nacionalismo e o patriotismo. Pude perceber através do abordado, que cada um desses temas se refere à uma questão em particular, o que altera minha idéia anterior ao esclarecimento técnico e de fonte segura. Fiquei muito impressionado com a qualidade do conteúdo e valorizo todo o empenho que é perfeitamente visível àqueles que têm a oportunidade de visitar o endereço do blog.
Neste blog é totalmente perseptível toda a perícia dos elaboradores a ponto de fazerem um trabalho extremamente aprofundado de pesquisa e síntese das informações vitais presentes, de modo que conseguiram, com muita precisão, esclarecer dúvidas ou questões dúbias debatidas em nosso cotidiano, como por exemplo a sustentabilidade.
Gostei muito da maneira que os temas foram dispostos na página e achei excelente a escolha das imagens e das cores aplicadas nos layouts. O texto por sua vez, é de altíssima qualidade, superando de longe qualquer outro blog ou site com o tema nacionalismo.
Evidente que trata-se de um dos melhores blogs que eu, crítico, já tive a oportunidade e acima de tudo o prazer de visitar.
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Grato,
Edgar T. M. Biolinatto
Blog fecal...
sem mais.
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